Eletrobras implanta máquinas de mineração de bitcoin na Bahia
A Eletrobras, que foi privatizada em junho de 2022, acaba de dar um passo interessante no mundo das criptomoedas. A empresa anunciou que está rodando um projeto piloto de mineração de bitcoin na Bahia, utilizando turbinas eólicas, painéis solares e baterias. Essa iniciativa foi confirmada pelo vice-presidente de inovação da Eletrobras, Juliano Dantas, em uma conversa que teve com a Reuters.
A busca por entender o mercado das criptomoedas tem ganhado força, especialmente com as oportunidades que surgem nesse setor. O Brasil, com sua abundância de energia limpa, vem atraindo a atenção de diversas empresas internacionais que estão de olho na mineração de bitcoin e outras criptos. Essa tendência de buscar fontes de energia sustentável para esses projetos só tende a aumentar.
O cenário da mineração de bitcoin no Brasil e as oportunidades
O interesse pela mineração de bitcoin não se limita apenas à Eletrobras. Por exemplo, a Renova Energia, uma empresa que investe em energia renovável, também está se preparando para entrar nesse mercado. Empresas de criptomoedas têm buscado seus serviços, especialmente após a Tether, dona do USDT, anunciar planos de começar a minerar no Brasil.
O Brasil se destaca por ter uma capacidade excessiva de produção de energia limpa. Essa condição apresenta uma oportunidade de “oceano azul” para a mineração de bitcoin, pois as empresas podem ajudar a sustentar a rede de criptomoedas enquanto obtêm lucros com práticas sustentáveis.
Na Bahia, a Renova já estabeleceu um acordo com um cliente que injetou US$ 200 milhões em um projeto de mineração que utiliza energia eólica. O CEO da Renova, Sergio Brasil, destacou que a empresa está se posicionando à frente de seus concorrentes ao expandir para novos mercados com toda a infraestrutura necessária.
Empresas internacionais de olho no Brasil
O potencial energético brasileiro também atraiu interesse de empresas do exterior. A Enegix, do Cazaquistão, está avaliando possibilidades de acordos no Nordeste do Brasil, segundo seu fundador John Blount. Além dela, a Penguin, que já realiza mineração de bitcoin no Paraguai, também está analisando a entrada no Brasil, mas ainda não revelou detalhes sobre suas operações.
Ainda há a expectativa de que a Bitmain, uma das gigantes do setor, possa chegar a fazer negócios no país. Isso mostra que empresas de grande porte estão mantendo um olhar atento para o mercado brasileiro, que pode gerar novas oportunidades de trabalho e renda para muitos brasileiros, diretamente ou indiretamente.